18/09/2011

é só mais um dia.

Sempre foi fácil,
táctil
uma questão racial de vantagens inesperadas do ser humano.
Sentada
e vidrada
nas letras escritas,
feitas e ditas,
por uma dessas meras passagens que vão e vêm.
querem e têm
lágrimas insignificadas.
Mais uma daquelas frases em que olhares valem mais que mil palavras cruzadas.

Uma mão na algibeira
sem um pé de meia,
um tostão nem senti-lo,
só um coração de plástico a iludi-lo
queimado,
encantado,
num príncipe que me tem livrado,
daquilo que é a fossa
em força
me tortura e me mata à faca!

Um sol sem vento.
sem dores eu tento
fingir e esquecer
a angustia de ter uma solidão inesperada.

Sinto-me mal e triste,
como achei mentis-te,
mentiram..
e ainda não me senti com força
sozinha e sem que alguém me ouça,
que me diga que eu consigo
que me levante contigo,
sem estares perto de mim.

Estou cansada,
inacabada
de desenhar, embalada
nula luta de fazer chorar
todos os dias infinitos
respeitada?
é só mitos!
Quero poder mandar-te à merda
sem tua resposta certa
num improviso desenfreado
que me deixa de olhos lavados
e no orgulho de ser eu.

Acabou, está acabado
sem nada acrescentado
no entanto incompleto.

afinal é só mais um dia..mau.

Tânia Fula ©

Sem comentários: